PROJETO

As cheias são os fenómenos decorrentes das Alterações Climáticas que afetam mais pessoas no AA. Na UE, o seu impacto nos últimos 20 anos excedeu 1.500 vidas humanas e 52.000 milhões de euros.

Esta é uma matéria de gestão e responsabilidade não só dos governos nacionais e regionais, mas também dos municípios, comunidades locais, entidades gestoras de água, meio científico e ONGs. O objetivo do AA-FLOODS é unir esses atores para criar e testar novas ferramentas, planos e regulamentos que melhorem a gestão e a resposta a situações de inundações. 

OBJETIVO
GERAL

O objetivo geral é a redução de danos humanos e materiais decorrentes de inundações, através da melhoria das ferramentas de prevenção, alerta e gestão de crises, à escala local.

A Diretiva 2007/60 / CE promoveu a prevenção de inundações a nível regional.

Presentemente, o desafio está na transferência destas ferramentas e recursos para a Escala Local.

Uma maior, mais precisa e detalhada proximidade com a área afetada, tornará mais efetiva a prevenção, a preparação e a proteção contra inundações, que são cada vez mais frequentes e destruidoras no AA, devido às alterações climáticas, que potenciam as chuvas torrenciais e os fenómenos de marés extremos.

O impacto esperado é duplo:

1) Contribuir para a Diretiva 2007/60 / CE de modo a que o Planeamento da Gestão de Risco de Cheias, atualmente para Bacias Hidrográficas, atinja a escala local e, portanto, os Planos irão:

  1. A) Incluir análises mais detalhadas e, consequentemente, medidas mais eficazes de prevenção, proteção e preparação.
  2. B) Abordar a avaliação dos riscos de inundação gerados pelos próprios empreendimentos urbanos ou pela gestão das descargas de água dos reservatórios.
  3. C) Impulsionar uma melhor coordenação inter-administrativa para evitar estes e outros efeitos indesejados.

2) Abordar a Prevenção, Alerta, Gestão de Crise e auxilio às pessoas afetadas da Escala Local, envolvendo novos interessados, em particular Empresas de Água que gerem as redes de saneamento que evacuam chuvas torrenciais em enchentes e gerem reservatórios (e suas descargas de água durante inundações).

O desafio comum é expresso em 4 pilares:
  1. Abordar o efeito comum das Alterações Climáticas no AA: as chuvas torrenciais cada vez mais frequentes, intensas e inesperadas, que causam inundações repentinas frequentemente combinadas transbordamentos de rios e marés altas.
  2. Beneficiar dos serviços de alerta precoce prestados pela UE aos Estados, Regiões e Autoridades de Bacias Hidrográficas (GMES / COPERNICUS) e explorar essas informações em escalas locais, como nas áreas urbanas onde as pessoas vivem e onde as inundações produzem as mais graves perdas humanas e materiais.
  3. Melhorar aspetos específicos da gestão de emergências devido a inundações em que todas as regiões AA poderiam ser mais eficazes:
      • Coordenação entre Administrações
      • Monitorização de Rios
      • Dados Hidrológicos e Meteorológicos Abertos: partilha de informação entre organismos competentes em prevenção de riscos, alerta e gestão de crises
      • Planeamento Coordenado de Desenvolvimentos Urbanos, Infraestruturas e Gestão de Risco de Inundações. Unidade de Prevenção e Resiliência, envolvendo ativamente as comunidades locais
  4. Melhorar a cooperação que contribui para reduzir os riscos e o seu impacto, reforçar a segurança da população e do ambiente, reforçar a capacidade de planeamento das regiões atlânticas a nível local e regional, no que respeita à gestão dos riscos naturais e climáticos, bem como aos decorrentes de atividades humanas.

DESAFIO

Nova metodologia?

Aplicar uma abordagem local à questão das inundações é uma novidade em si, conferindo as seguintes inovações:
  1. Melhorar a precisão dos dados meteorológicos e hidrológicos, expandindo a rede de implantação de sensores para além das exigências legais.
  2. Desenvolvimento de novas ferramentas de simulação de inundação à escala local, facilmente transferível e potenciada pela utilização dos dados resultantes da rede de sensores referida.
  3. Promover novos protocolos de coordenação, com garantia de melhorias tangíveis, assentes em dois níveis:
      • Prevenção: Coordenar os Planos de Uso do Solo e Risco de Cheias, incluindo procedimentos para revisão do Planeamento Urbano existente e para avaliações de Risco de futuros projetos urbanos.
      • Potenciar uma Gestão de Emergência mais eficaz, melhorando os procedimentos de descarga de barragens por forma a minimizar os riscos.
  4. Reduzir de forma unificada os impactes resultantes das inundações provocadas pelos fenómenos de precipitação extrema cada vez mais frequentes, e que levam ao transbordo de leitos dos rios, incorporando para esse fim as Empresas de Água que gerem as redes de saneamento e águas pluviais com vista à gestão de inundação.
  5. Desenvolver uma nova geração de Planos de Ação Local que transcenda o conceito de “Emergência” focando-se especificamente na prevenção de inundações.
  6. Melhoria da prevenção e suporte às populações afetadas: envolvendo comunidades locais na persecução de melhores níveis de resiliência, referenciando pessoas com mobilidade reduzida por forma a priorizar o alerta e evacuação

PRINCIPAIS RESULTADOS E DADOS DE SAÍDA

Todos os dados do projeto são necessários para a obtenção de resultados úteis e sustentáveis. Como principais destacam-se:

  1. Diretrizes uma melhor coordenação entre Planeamento Territorial, Urbano e Gestão de Riscos. Grupos-alvo são autoridades nacionais, regionais e locais.
  2. Regulamentos e ferramentas piloto para a melhoria de conceção de redes de saneamento com base na modelação de escoamento superficial resultante de fenómenos de precipitação extrema associados às alterações climáticas e gestão das redes pluviais. Grupos-alvo são Autoridades Nacionais, Regionais e Locais, Empresas Públicas / Privadas de Água.
  3. Criação de modelos de Planos de Emergência para inundações com o objetivo de redução de eventuais perdas humanas e materiais, através da Gestão de Riscos de Cheias e Inundações à escala Local. Grupos-alvo são Autoridades de Proteção Civil e Autoridades Locais.
  4. Elaboração de guia para a implementação de sistema de monitorização de leitos de rios, para deteção de transbordo e alerta antecipado. Grupos-alvo são autoridades nacionais, regionais e locais.
  5. Protocolo de gestão de albufeiras para o planeamento, gestão coordenação de descargas de água. Grupos-alvo são Autoridades Regionais e Locais, Autoridades de Proteção Civil, Entidades e Empresas responsáveis pela exploração de albufeiras.
  6. Protocolos para a melhoria da coordenação e resposta à Emergência dos diversos corpos de intervenção, com vista à redução do dano potencial. Os grupos-alvo são as autoridades nacionais, regionais e locais, a proteção civil, as organizações da sociedade civil (Cruz Vermelha …)